Caixinhas bonitas,
belas, coloridas;
de diversos formatos
e tamanhos distintos.
Compartimentos a mais
e repartimentos a menos.
Coisa de mulher...
Não, coisa de gente!
Coisa de gente que sabe guardar coisas belas e raras.
Guardar para não perder,
Guardar sem saber se vai ou não usar.
Guardar para simplemente saber que tem,
mesmo não se lembrando onde está.
Alguns, mais antigos, têm música;
e têm também belas bailarinas que giram ao seu sabor.
Elas enfeitam a magia da jóias que ali estão,
protegidas do frio e do calor.
Protegidas de algum possível malfeitor.
Às vezes transformamos
nossas caixinhas porta-joías
em verdadeiras "caixas de pandora".
Na verdade um grande jarro que,
segundo a Mitologia Grega,
guardava todos os males do mundo.
Jarro-caixa esse que não guardava nada de belo,
bom ou útil.
De vez em quando precisamos olhar nossos porta-jóias,
pois muitas vezes nos esquecemos do que ali guardamos.
Às vezes, por descuido (ou de propósito mesmo),
guardamos coisas que não são jóias,
nem ao menos belas bijouterias.
O que é belo, ainda que sem uso, tem sua utilidade;
mesmo que essa utilidade seja simplesmente o prazer de ver,
o prazer de olhar,
de tocar,
de se encantar com o brilho, com a cor, com o formato.
Já o que é feio, como os itens de Pandora;
esses sim, não devemos guardar em nossas caixas,
pois não são as nossas jóias.
Devemos jogar fora,
ou, melhor ainda, nem chegar a colocar!
peças toscas,
peças roscas,
peças que não irão nos enfeitar ao usar.
Peças, que nem para se olhar, valem a pena guardar.
Um comentário:
Parabéns pelo raciocínio minha amiga,gostei muito.
Nos faz pensar sobre o que devemos guardar e o que devemos deixar ir...
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