domingo, 18 de março de 2012

PORTA-JÓIAS

Caixinhas bonitas,

belas, coloridas;

de diversos formatos

e tamanhos distintos.


Compartimentos a mais

e repartimentos a menos.

Coisa de mulher...

Não, coisa de gente!

Coisa de gente que sabe guardar coisas belas e raras.


Guardar para não perder,

Guardar sem saber se vai ou não usar.

Guardar para simplemente saber que tem,

mesmo não se lembrando onde está.


Alguns, mais antigos, têm música;

e têm também belas bailarinas que giram ao seu sabor.

Elas enfeitam a magia da jóias que ali estão,

protegidas do frio e do calor.

Protegidas de algum possível malfeitor.


Às vezes transformamos

nossas caixinhas porta-joías

em verdadeiras "caixas de pandora".


Na verdade um grande jarro que,

segundo a Mitologia Grega,

guardava todos os males do mundo.

Jarro-caixa esse que não guardava nada de belo,

bom ou útil.


De vez em quando precisamos olhar nossos porta-jóias,

pois muitas vezes nos esquecemos do que ali guardamos.

Às vezes, por descuido (ou de propósito mesmo),

guardamos coisas que não são jóias,

nem ao menos belas bijouterias.


O que é belo, ainda que sem uso, tem sua utilidade;

mesmo que essa utilidade seja simplesmente o prazer de ver,

o prazer de olhar,

de tocar,

de se encantar com o brilho, com a cor, com o formato.


Já o que é feio, como os itens de Pandora;

esses sim, não devemos guardar em nossas caixas,

pois não são as nossas jóias.


Devemos jogar fora,

ou, melhor ainda, nem chegar a colocar!

peças toscas,

peças roscas,

peças que não irão nos enfeitar ao usar.

Peças, que nem para se olhar, valem a pena guardar.

Um comentário:

Carlos Santos disse...

Parabéns pelo raciocínio minha amiga,gostei muito.
Nos faz pensar sobre o que devemos guardar e o que devemos deixar ir...