quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CONVITE AOS LEITORES DESTE BLOG






Foto: Sobre o evento IDENTIDADE CULTURAL e o tema do mês de Novembro:

O Identidade Cultural é um projeto originário de uma ideologia de liberdade e independência, tendo a arte como elemento transformador. O evento dá voz ao que é visto como marginal e que, na verdade, é arte e uma cultura que tem como marca a independência dos seus difusores e interlocutores. Isso é concreto. A poesia das ruas - em suas diversas linguagens: escrita, falada, visual, gestual, musicalizada e etc. - é o que vemos todos os dias.
Esse é um legado de Euclydes da Cunha - um dos maiores poetas, escritores e ativistas socioculturais do Brasil - dando continuidade a sua ação social dentro da cultura, informação e diversas manifestações artísticas.

O tema do mês de Novembro, "RESPLANDECÊNCIA - A ARTE COMO ELEMENTO TRANSFORMADOR" vem coroar e celebrar a ultima edição do ano de 2013 que - graças aos amigos e parceiros - conquistou várias metas dentro da proposta inicial do projeto. Estou muito feliz com o resultado maravilhoso desse ano e sei que em 2014 coisas ainda mais MARAVILHOSAS acontecerão.
Para realizarmos um sonho é necessário caminhar. Na caminhada encontramos pedras e espinhos, porém, flores também brotam pelo caminho. A luta é grande, os obstáculos são muitos, mas, com fé, humildade, determinação, coragem, amor no coração e respeito ao próximo, dedicação, foco, boa vibe, um brilho intenso no olhar e um belo sorriso no rosto... a gente chega lá!!!
Deixo aqui minha consideração, carinho e gratidão.
Todos pela cultura, todos pelo Brasil!

Janaína da Cunha 
Idealizadora, Diretora e Apresentadora
do Identidade Cultural.
ESTAREI COM O VOL IV DA ANTOLOGIA O PERFUME DA PALAVRA, ED MUIRAQUITÃ E COM A REVISTA MUSAIOS; AMBAS AS PUBLICAÇÕES COM TEXTOS MEUS E DE OUTROS POETAS E ESCRITORES.

O RUÍDO




O ruído incomoda o ouvido,
mas nem sempre.

Muitas vezes,
o ruído,
que atrapalha a comunicação,
diz muito mais do que não se conseguiu ouvir.

O ruído pode ser uma mensagem completa.

Prestemos atenção nele em lugar de tapar nossos ouvidos.

sábado, 23 de novembro de 2013

O HOMEM DE CINQUENTA



O homem de cinquenta
O homem de cinquenta corre, malha, ri e curte a vida de montão.
Já passou por muitas
E muitas já passaram por ele.
Seus cabelos charmosos aos olhos de muitos
Incomodam os invejosos que queriam ter-lhe a mesma disposição.

Não essa disposição que todos pensam,
Pois isso um dia acaba.
Mas a disposição para ser feliz com o que colheu de suas bodas de ouro prateadas

Muitas bodas comemorou e por outras em branco passou.
Sua jovialidade está na cara
Não necessariamente na pele
Não na cara de pau de não temer a crítica dos outros
Sua beleza está aí.
Na certeza de que 50 não são 20
Mas o somatório disso...
Há! E quem disse que viver é uma ciência exata?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SARAU CORUJÃO DA POESIA - ESPECIAL PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA - POEMAS FALADOS POR ANANITA REBOUÇAS

Ser de cor.
A cor tem matiz?
De qual matiz você é?
O degradeé é infinito.

A cor dá vida,
Enfeita a tela em branco.
As cores e os matizes
Escondem as cicatrizes.
Misturadas,
                                  Criam novas raízes.

Salve a melanina!
Salve ela.
Salve-a...

Salve-a do embranquecimento podre.

Viva a mistura
A mesclagem.
Melanina com açúcar
Café com leite,
Doce mistura.

Melanina pura é bom como café sem açúcar.
É muito bom também.
Melanina com açúcar é outro gosto.
É gostoso...

Gosto não  se discute
Melanina ou açúcar tem pra todos os gostos.
Uma protege a pele
Outra adoça a boca.

Viva a melanina.
E viva o açúcar e o sal.


domingo, 17 de novembro de 2013

TOMADA CULTURAL - ANIVERSÁRIO DE NITERÓI - CAMPO DE SÃO BENTO

 Coisas imaginadas
Coisas pensadas
Inventadas
Vividas
Sofridas
Queridas.
Coisas são coisas.
Colocamos onde queremos.

Varal de poesia

 Levo a leveza levemente
Docemente
Levando os pesos com asas
Asas que os sustentam
Mais fortes que seu peso









A bola vermelha da festa de aniversário
Eram muitas bolas
muitas cores enfeitavam o salão.
A festa era de arromba.
Arromba não!
Isso é coisa antiga.
A festa era pra bombar!

Bombeadas todas as bolas,
porque soprá-las exigiria um fôlego hercúleo.
Hercúleo não!
um fôlego do caramba!
bombeadas elas
a festa foi um estouro,
menos elas.

Ficaram ali esquecidas ali penduradas.
Dia após dia, enfeitando a festa que já havia passado.
Foram murchando todas elas.
Ninguém voltou para bombeá-las
ou para soprar nelas.
Menos a vermelha.
O ar que nela entrou foi o suficiente para mantê-la cheia de gás
para a próxima festa.


e

Lucilia Dowslley

Caminho das pedras ou pedras do caminho?
Eu, o Palhaço Rosa e sua dançarina imaginária


sábado, 9 de novembro de 2013

ENTRE UMA MALHADA E OUTRA


Entre uma malhada e outra



Malhar faz bem à mente e ao corpo, isso vem desde a antiguidade. Antiguidade clássica. Então ir à academia não é algo moderno, mas sim clássico.

Clássicos também são certos conceitos. Conceitos que ainda não mudaram. A esposa de alguém está grávida. Hoje temos a ultrassonografia, há quarenta anos isso não havia. A curiosidade e a ansiedade conviviam pelos não tão longos nove meses de gestação. Mas a ultrassonografia não pode apressar o tempo, o tempo que começa talvez no momento da fecundação. Ali, só Deus, pra quem acredita Nele, pode dizer o que será a nova forma humana que está por vir.

Mas todo mundo é curioso e ansioso, mantendo as devidas proporções de cada um. Só Deus realmente sabe o que vai no interior de cada ser. Todo mundo quer saber e pergunta se é o bebê ou a bebê. Alguém logo brinca com o pai: e se for menina? Pronto! Lá vem a preocupação clássica! Um amigo consola, afinal todos são homens e sabem muito bem como é a coisa clássica, e diz: calma, sexo só com 18 anos. O pai, pensando na sua velhice brada: se for menina, sexo só com quarenta! Aí o pai se esqueceu de duas coisas: aos quarenta, não será mais menina; muito menos velha. Será loba. E segue a clássica matilha.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O premiado POEMA O SANGUE falado no aniversário do CORUJÃO DA POESIA sob o comando do grande JORGE BEN JOR - 05/11/2013



Fotos de Afrânio Afra Pinto e de Ananita Rebouças

PIQUE-ESCONDE



Vou brincar de gato e rato
Gato e rato não combinam
Um quer comer o outro
E o outro quer comer o queijo.
Coitado do queijo,
não vai comer ninguém.

Vou brincar de pique-esconde
Sair correndo pra bater o pega
Quem vai pegar primeiro?
Quem perde o pique ou quem o mantém?
Quem se esconde de um certo alguém?

O gato quer pegar o rato.
A gata não curte isso.
Prefere comidas mais atraentes.
Qual comida terá o melhor sabor?
Qual brincadeira é mais divertida?
As duas exigem muito fôlego.