As pessoas mais novas talvez nunca tenham ouvido a respeito,
mas, no passado,
os índios americanos enviavam suas mensagens para tribos distantes por sinais de fumaça.
Faziam uma bela fogueira no alto da colina
e, com panos, abafavam a fumaça que de lá sairia.
Iam soltando a fumaça aos poucos,
em cadências diversas,
a fim de que a fumaça se espalhasse pelo céu
obedecendo ao ritmo do seu emissor.
Este ritmo podia sofrer interpretações diversas
daquelas desejadas pelo “dono” da fogueira.
Outras vezes não.
Hoje não precisamos das fogueiras no alto de colinas,
mas continuamos emaranhados em cortinas de fumaça
que nos confundem em seu verdadeiro sentido.
A fumaça atual nos cega, nos embaça, nos confunde;
pois nem tudo que parece é
e nem tudo que é, parece ser.
Acabamos ficando como vítimas de um incêndio,
pois a fogueira do passado nos envolve nessa tal fumaça do presente.
E não nos permite decodificar
os verdadeiros sinais
desta fumaça,
emitida,
toda hora, todo o dia;
por aqueles que mal sabem
o pano da fogueira,
ao certo,
manusear.
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