A floresta é escura,
é fria.
É noite,
ninguém se vê,
ninguém se enxerga.
Catam-se os gravetos,
tateia-se o chão aparentemente em vão.
Encontram-se um, dois, três gravetos.
Não é muito,
mas a necessidade é maior que seu número.
Faz nascer a boa-vontade
e os gravetos se esfregam,
um no outro,
através das mãos trêmulas,
ansiosas,
desejosas
de ver a luz,
o fogo,
o calor que afaste o frio da noite,
que agasalhe a madrugada que se alonga.
Um graveto quebra,
mas ainda há dois.
Ainda há esperança.
Continuam a ser esfregados
e uma nova faísca brilha.
Brilha tímida,
ânimo para o grupo.
Ânimo, não podemos desisitir!
Os gravetos continuam a ser esfregados,
Agora com cuidado para não quebrar.
A ansiedade é domada,
para os dois únicos gravetos conservar.
Nova faísca!
Rápido!
Folhas! Folhas secas!
Juntem as folhas!
para a fogueira começar.
A faísca vira brasa.
A brasa é assoprada,
alimentada,
para a fogueira se formar
e que vai cuidar,
proteger do frio e dos bichos
e o corpo acalentar.
Mas a fogueira precisa ser cuidada,
para num grande incêndio não se transformar.
E um a um se revezam,
no sono
que, noite à dentro,
em prol da sobrevivência,
não pode se prolongar.
2 comentários:
Lindo, Ananita, estou seguindo seu blog agora, siga o meu tb, crislebre.blogspot.com, bjsssssssssssss
Mas eu já sou sua seguidora... rs.
Tente achar a foto, rs.
Bjos e obrigada pelo comentário!
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