quinta-feira, 27 de setembro de 2012

FOTOGRAFIA

Ian Lopes, Santos/SP, fotógrafo profissional e tb meu primo! ;)





O olho

Da lente
Que pressente
Além da vista,
Além do além.



A lente no contato.
No olfato,
No faro,
Do cheiro,


Da fumaça e da bebida.

A lente que aumenta.

A lente que distorce.
A lente que simplesmente vê.
A visão que se amplia,
Que capta os mínimos detalhes.
Escondidos,
No meio de tudo aquilo,
do que todo mundo pensa que vê.

O que se vê.

O que não se vê.
O que somente o fotógrafo,
Não consegue deixar 
se perder.

domingo, 23 de setembro de 2012

BRINCAR DE TIA



Brincar de tia.
Doce agonia.

Brincar
É fingir de ser tia.

Tia no sangue.
Tia nas veias.
Que bombeiam o coração.

Tia chateia.
Tia enlameia.
Tia incendeia.
Tia ensina e aprende.
Tia não bobeia.

Finge que é mãe.
Foge de ser.
Treina de avó,
quando desensina a criança
e na cabeça da mãe
dá um tremendo nó.

Tia balança
com o sorriso da criança.
Com a alegria da fantasia.
Com o temor do dia a dia.

Tia é a mãe por empréstimo.
Com tempo contado.
Com o vínculo cortado.
Por um ser
que ainda está por nascer
e, há muito, vir a ser amado.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O BOM DA ARTE


O bom da arte é que ela não cabe nela mesma. Ela transborda o som, a cor, a imagem, a fala e a música. Ela vai além, pois expressa aquilo que há em nós e que não se contém.
 
;) Ananita Rebouças

domingo, 2 de setembro de 2012

AS PALAVRAS FOGEM


As letras fogem.

Letras,
tentativas de representação dos sons da fala.
Tentativas frustradas.
Elas não comportam toda a emoção que se esconde no que não se cala.

Elas, muitas vezes fogem,
como as palavras,
quando se atropela
o que se pensa
e o que por nós resvala.

Letras,
Palavras,
Sons.

Quando elas fogem,
transmitem muito além
do que há em nós,
e que jamais se apaga.

inspirado na frase de Sonia Salim
 num papo casual na internet.

sábado, 1 de setembro de 2012

Ananita Rebouças, no Corujão da Poesia, na Cobal do Humaitá Cavideo, ...


Ananita Rebouças fala poemas seus de seu blog e da antologia O PERFUME DA PALAVRA, vol. 3, ed. Muiraquitã, no Corujão a Poesia; bem como conversa com João do Corujão sobre sua primeira e inesperada apresentação no Corujão em 2010  em seu local de trabalho, pela primeira vez falando poesias em público graças ao sorteio da libertação de livros do Sarau.