domingo, 28 de outubro de 2012

SANTO JORGE

(poema falado no evento Identidade Cultural & Movimento Culturista, em 27 de outubro de 2012)



Um século.
Cem anos.
Parece muito tempo.

Tempo que passa,
Corre,
E escorre pelas mãos.

Tempo que para.
E se compara,
o que já foi com o que ficou.

Cem anos não se passaram.
Na verdade,
Se  eternizaram
Nas palavras,
Nas páginas,
Dos livros de Jorge.

Seu nome,
Todos sabem.
É de alguém muito querido,
Muito amado.
Muito bem amado.

Tão amado
Que sua obra,
Que sua vida;
Não morreu,
Não passou.

Venceu o tempo.
Venceu a morte.
Venceu a transformação constante do mundo por onde andou.

Cem anos faria se estivesse vivo.
Cem anos faz agora Jorge,
pois de fato está vivo.
Não morreu com sua carne.
Jorge era mais que sua carne.

Marido apaixonado,
Poeta sensível,
Religioso fiel,
E escritor dedicado.

Jorge Amado,
Seu batismo já determinava seu destino.
Nome de santo.
Nome guerreiro.
Amado,
Não só no Brasil,
Não só no estrangeiro.



Um comentário:

Erasmo Shallkytton disse...

Belíssimas linhas com expressão e harmonia neste enriquecido labor poético. Parabéns!