Dia a dia, Joaquim catava nomes considerados esdrúxulos no meio do material de trabalho. Ria e sorria imaginando o porquê dos pais nomearem seus filhos com nomes tão incomuns: Gerafrildo, Feoloci e muitos outros chocavam e divertiam a todos.
Coitadas dessas pessoas. Quantos problemas de aceitação deveriam ter passado ao longo de toda ou quase toda sua vida? Coitados de seus colegas de nomes diferentes.
Ser diferente é ruim? Ou é uma forma de se ressaltar a tantos lugares comuns da vida em que vivemos?
Roberto e Cristina não pensavam assim, mas também se divertiam com a pilhéria.
Nomes também considerados estranhos curiosamente não causavam espanto: Kenya e Narjara. Eram o nome de duas pessoas que trabalhavam ali. Todos delas gostavam e as admiravam devido à sua pouca idade aliada ao senso de responsabilidade.
Apenas uma pessoa implicava com elas, com certeza na vã tentativa de esconder a mesma admiração que todos ali nutriam por elas, ou mesmo para divertir a todos, assim como Joaquim, contribuindo para amenizar o peso do dia a dia.
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