Chovem
mulheres. Chove torrencialmente. De todas as cores, tamanhos, idades e
larguras. Chove tanto que alaga a cidade e afoga os homens que nadam
inutilmente tentando não morrerem afogados – pobres coitados.
Essa chuva é
fruto de um tremendo desequilíbrio ecológico. A natalidade feminina aumentou
não se sabe o porquê. Os homens são vítimas. Ficam zonzos com tanta chuva que
não os deixa ver direito pra onde olhar.
Mas os
homens são teimosos: nem guarda-chuvas ou botes salva-vidas querem usar.
Preferem se afogar nesse mar que cresce incessantemente a cada dia. E as
mulheres... elas sim que na verdade estão estão sempre a se afogar.
Um comentário:
Chuva sem previsão de parar! Parabéns pela obra poética!
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