sábado, 29 de novembro de 2014

O DIRIGIR

Dirigindo na cidade
Cuidado redobrado
Atenção ao volante
Perigo constante
Dirigindo a própria vida
Curvas e cancelas à vista
Encruzilhadas...
Direções a escolher
Caminhos a seguir
Hora de chegar
Hora de partir.
Prefiro o ir

CORAÇÃO DISTANTE

Acompanho de longe
Como se estivesse por perto
Temo me aproximar
Temo ficar a ver o tempo passar
A incerteza
Faz-me permanecer inerte
Posiçao mais indicada para quem nao sabe o que fazer
O amor nao se sente so por pessoas
A decepçao tambem
O entendimento vem com o tempo
Permanece um cantinho guardado no meu peito

sábado, 22 de novembro de 2014

Pedaços.
Junto meus cacos.
Cada um é uma peça inteira
Dirigindo na cidade
Cuidado redobrado
Atençao ao volante
Perigo constante
Dirigindo a propria vida
Curvas e cancelas a vista
Encruzilhadas...
Direçoes a escolher
Caminhos a seguir
Hora de chegar
Hora de partir.
Prefiro o ir

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

CASTELO DE CARTAS

Rei, rainha, valete e As.
Quem vale mais?
Quem vai ficar pra tras?

Rei ou valete?
Experiencia ou juventude?
A rainha fica entre os dois
E o As... ha, o As e demais.

Com os de menor valor
Constroem um castelo de cartas
Imponente
Resistente a ventos e tempestades.

A rainha do castelo olha pra baixo
A inseguranca a excita
O emaranhado de naipes a deixa zonza
E a graca esta ai:
Na diversa possibilidade de escolha

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O FRANCO ATIRADOR

O franco atirador é franco?
Quando é gentil,
quando é cortês,
ele é franco?

Balas perdidas desperdiçadas a esmo ele dispara
seu alvo é plural.
Vários peitos e seios ele deseja
e conquista
e abate.

Ele é franco com suas meias-verdades.
Usa-as como balas.
Sua franqueza assusta suas vítimas
e as convence.

É necessário na hora da caça

Franco atirador
causa dor, causa amor.
Tira de um e põe no outro.

Suas presas ficam presas em suas presas.
Coitadas,
sentem-se premiadas quando alvejadas.

domingo, 28 de setembro de 2014

COLHEITA TARDIA

O vinho é derramado na pia
Restos de orgias imaginadas.
Mas o vinho foi bebido.
Já a sede...
quem tem sede bebe água ora bolas.

A água é insossa
mas tem um sabor sem igual não só para matar a sede.

Fica-se admirando o vinho escorrer pelo ralo.
Esperanças vão junto.
Novos vinhos serão degustados.
A sede é uma constante.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

ES-COLHAS

A fruta esta no pe.
No pe ou na copa?

No pe e muito facil de pegar.
Pode estar murcha ou bichada.
Nao aguca o paladar.

A fruta, na copa, e vicosa;
esta distante do olhar.
Nao e possivel ver seus defeitos.
La em cima da arvore,
Todas sao belas e apetitosas.
Todas.

Subir na arvore e que sao elas.
Haja folego
Para tantas frutas devorar.

E se a fruta for uma jabuticaba?
Da em todo lugar da planta e e gostosa.
Sorte de quem a encontrar.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

MAIS UM POUCO

Estar com alguem agradavel
Faz a despedida se estender.
E ela se estende ate dela mesma.
E ir embora levando o outro consigo.
E ficar sozinho em casa degustando o que se viveu.

Ser agradavel nao significa arroubos de paixao,
Mas alguem suficiente para algumas situacoes.

Ser agradavel agrada
Mas nao preenche por completo

NAUSEA

Como pode uma boa comida nos causar acidez?
Enjoo, dor de cabeca talvez.

Uma saborosa comida nao e necessariamente algo bom.
Bons temperos camuflam carnes em putrefacao.

Poluem nosso sistema digestivo.
Nao alimentam.
Ludibriam a fome.
Saber escolher bem o alimento pode ser dificil ate para o mais expert mestre cuca.
Como se safar?




O CORTE DE CABELO

O corte de cabelo ficou bom,
Propicio ao momento atual.

Cortes e cortes,
Nao sabemos onde abrir ou fechar o timbre.

Ser cortes nao significa ser educado,
Mas sim das bofetadas com luvas de pelica.

Pelica doi?
Nunca levei bofetadas.
Dizem que tapa de amor nao doi.
Se ha tapa, nao ha amor.
Pode haver sim outras patologias envolvidas.

Acaso o cabelo sente dor?
Ha cortes que nos fazem bem.

domingo, 7 de setembro de 2014

LEVEZA

um sofa
Uma pose confortavel
Vinhos e queijos
Um sutil telefonema
Coisas que nao se deve contar

Liberdade
Ha limite?

A dificil arte de sermos quem realmente somos
Ou que gostariamos de ser
O que desejamos ter
O que conseguimos
Com o que nos contentamos

A dificil arte de olhar para o lado
E apreciar o que se tem
Mesmo que seja por um segundo
Ou um dia
Ou que acreditamos possuir
Afinal, o que e o ter?

Gosto do sofa
De receber bem
E de vinhos e queijos.
Mas tambem aprecio uma boa cerveja
Ou uma braba cachaca.
A leveza da liberdade esta no gosto do que esta na prateleira do mercado.
E bom poder pagar
E pegar

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

NA MEDIDA

Na medida,
Tu se acertas
Na tentativa do acerto,

Se acertar e a cada dia
Uma doce alegria.

Triste daquele que se acha perfeito
Eterna obra inacabada o é.
Feliz daquele que sabe encarar seus cacos,
Seus pedaços
Acertando seu desacerto.


Constante aparar de arestas
Constante reconstruir a cada dia.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

SAUDADE

Saudade doce
Saudade triste
Saudade suave
Saudade...

A essência e uma só,
Mas o tempero diverso.
Sinto saudade de pessoas,
De lugares,
De momentos.
Saudades até do que não vivi.


domingo, 17 de agosto de 2014

VELHO OU MENINO

O jovem,
o adulto,
o velho.

Um não existe sem o outro.

O menino vai vida a fora
dentro do homem,
dentro do velho.

Às vezes tão dentro
que o velho se esquece dele.
Deixa de castigo trancado no quarto escuro.

Mas o menino é esperto.
Ele conhece bem o velho,
conhece suas artimanhas,
e como do quarto escuro fugir.

Cuidemos bem de nossos meninos.
Nós crescemos,
e eles também.

O menino,
o adulto e
o velho
são matizes de uma mesma essência.

Mudamos a cor,
mudamos o odor
mas a matéria-prima vai ser sempre a mesma

sábado, 16 de agosto de 2014

FOTOS

Foto
Imagem
Retrato
Fo-to-gra-fia

O passado se eterniza
O presente se esvai

Onde esta o album?
No meio de um emaranhado de arquivos,
Virtuais

O papel se rasga
Queima
Ou esmaece.
O digital desaparece.

Nao teremos mais passado
As maquinas ja cuidaram disso

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A COLA

Quem nao cola,
nao sai da escola.

Quem quer sair?
Quem quer ficar?
Um pulinho la
Todo mundo quer dar.

Memorias
Lembranças reinventadas.
O tempo faz isso.

Reacender as paredes do colegio
pintadas com novas tintas.
A tinta velha descasca.
Ha outras tintas por baixo.
Novos coloridos em novos encontros

domingo, 10 de agosto de 2014

A ÁGUA NA BOCA

O primeiro gole sacia a sede,
o segundo alimenta a alma.

Luxo ou necessidade?
o que é mais importante?
Cada um tem a sede no tamanho da sua vontade.

A sede.
Sede de água,
sede de gozo,
sede de vida.
A água por si só não é suficiente.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

PASSADA

O passado passa ou fica?
Pedaços do que já fomos e que levaremos conosco.
O passado passa mas fica
E finca.
Algumas coisas serão fatalmente esquecidas
Outras revividas
Muitas reinventadas.
O passado não passa
Ele se repassa
A cada momento
A cada instante

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ENTRA E SAI

Gente que vem e nao fica
Gente que vai e se esvai
Gente que se replica

Gente que importa
E gente que nao se suporta
Gente que nao mais importa
Gente escondida atras da porta
Gente guardada
Gente importada

Gente
Como eu gosto dessa gente

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Meus 41

Do alto dos meu 41 anos
Aprendi que não devemos reclamar da vida.
Por piores que sejam nossos problemas
Pode haver coisas piores nos aguardando la na frente para nos mostrar que aqueles primeiros problemas não eram tão grandes assim.
Esses problemas maiores podem ser presentes para nos mostrar o quanto somos fortes e podemos surpreender a nós mesmos.
Que devemos sorrir mesmo no meio de tamanha dor
Que nossos aniversários são marcos que mesmo sós não devemos deixar de comemorar.
Que devemos agradecer a Deus até mesmo as coisas ruins,
Os presentes bichados,
Os vícios redibitórios
Porque por mais que doam
São fonte inesgotável de aprendizado e amadurecimento.

O tempo

O tempo não voa
Não corre
Não urge
O tempo não pisca
Ele simplesmente nos devora

Maturação

Matura
Madura
Dura matura
Matuta
Astuta
Adulta

Idade que não chega
Idade que se vai
Se esvai

A vida é dura
Pessoa imatura
Vida toda pura
Pureza não há

domingo, 6 de julho de 2014

ODE AOS HOMENS

Homens,
Seres interessantes.

Entendem tudo de tudo.
Dominam todos os assuntos.
Sabem dirigir ate com a boca quando ao volante esta uma mulher.

Homens
Podemos esnobar
Fazer pouco
Roer as unhas p nao ligar
Mas com todos os defeitos vivemos por eles a suspirar

terça-feira, 1 de julho de 2014

SABER OUVIR

Saber ouvir
Ou escutar?
Arte diferente de calar.

O som nem sempre e necessario.
Tampoes no ouvido muitas vezes sao usados
Pra proteger
Nao dos sons
Mas dos ultrassons

segunda-feira, 30 de junho de 2014

NO ACONCHEGO DO MEU LAR

No aconchego do meu lar,
encontro o desassossego.

Aquele calor e aconchego,
me causam assombro e medo.

A certeza do amor
vira incerteza a cada instante.

Tormento inconstante,
Carinho ofegante,
Trazem prazer e medo.
Medo de errar.
Medo de deixar.
Medo de ficar.

No aconchego do meu lar há espinhos.
Há vagas lembranças
E muitas incertezas

O que pode existir la fora?

terça-feira, 24 de junho de 2014

Quebra-cabeca

As peças se encaixam
E formam a imagem
Bela e triste.

Uma lágrima escorre do olho no papel borrado
O rimel mal-pintado mostra a coleção de erros.

No outro olho no papel
Outra lágrima.
Esta é de alegria.
Lágrima de criança ingênua
Lágrima de adulto que não cresceu.

VIDA DE ILUSAO

Encontros marcados
Desencontros infinitos

Momentos que ficam
Outros se esvaem

Alguns fincam estacas
Como a querer matar o que jaz
Outros regam a terra aparentemente arida

Fugas
Desistencias
Resistencias

Alguns coracoes sangram
Outros se endurecem
Outros...
Outros vivem a fracao de segundo de um suspiro

PERFEITAS IMPERFEICOES

Buscamos, imperfeitamente, a vida perfeita;
a felicidade total.

Tolos seres imperfeitos
Nos flagelamos nessa busca incessante.

A medida que aceitamos o imperfeito,
Mais perfeitos nos tornamos.

A questao e saber qual imperfeicao aceitar

quinta-feira, 12 de junho de 2014

SEM PUDORES

Sem pudores eu me arrisco 
arrisco a viver sem temer o sofrer
ele pode vir ou não

o risco sempre existe
ter medo dele nos faz viver menos

quanto tempo de vida tenho?
em que condições de vida?

não à inconsequência
sim à permanência

assumir um amor pode trazer perjuízos
mas também pode trazer o riso

tantos que já foram
sem nem ninguém notar
apenas eu a anotar
e anotar
e anotar

quinta-feira, 5 de junho de 2014

OLHOS

Olhos que te procuram e nao te veem
Te procuram por entre as frases
Os sons
Os toques perdidos no meio da multidao

Olhos que te encontram em linhas
Silabas
Visoes
Anotacoes esquecidas em agendas antigas

Olhos que so olham pra dentro
Pra nao ver
Aquilo que mais desejam

segunda-feira, 28 de abril de 2014

RETIRADAS

Como vai você?
Escrevendo muito?
Falando pouco.
as palavras falam por si mesmas
elas ecoam
cada palavra pode significar várias coisas,
dependendo do contexto.

Eu reitero a palavra saudade
Ela eco nos meus ouvidos de uma forma que ensurdece.

Sinto saudade de tantas coisas.
Tantas foram retiradas da minha vida de modo tão brusco.
E outras eu mesma tive que retirar.

Qual dói mais?
As arrancadas ou as por nós retiradas?
Não ter culpa nos dá mais chances de culpar o outro.
Ser o responsável pela escolha nos faz carrascos de nós mesmos.
Ou heróis? Ter coragem de jogar fora algo de que se gosta pode parecer loucura,
ou sanidade total.

Ainda assim sinto muitas saudades.

domingo, 13 de abril de 2014

QUANDO?

Quando o cansaço vira cansaço
quando o alento vira desalento
quando
quando
quando
até quando?

Vivemos buscando coisas o tempo todo
às vezes cansa
mas temos que ser insaciáveis
jamais desistir de uma luta
de uma conquista
a menos que isso incomode o outro

viver é sobreviver com o sonhar
é o almejar algo que ainda não sabemos
mas que muitas vezes está mais perto do que imaginávamos

sábado, 12 de abril de 2014

SAUDADE

Mais uma vez sinto saudade
desta vez é uma saudade triste.
podia ser uma saudade alegre,
de tempos bons que se foram sem dores.
Esta saudade faz presente o seu motivo
algo que precisa ficar no passado
mas que o passar do tempo faz machucar cada vez mais

saudade misto de esperança
traz à tona na lembrança
de algo que se foi
e não se sabe aonde foi parar.

Mãe e filha

A mãe vai
a mãe vem
a filha vai
e volta
e ambas ficam.

Quem é mãe e quem é filha na altura do campeonato?

Campeonato?
Há competição entre mãe e filha.
Parece que não.
Mas a filha quer continuar filha
mas não pode
ou não deve.

A mãe quer colo
mas mãe pesa mais que um bebê.
A filha se esforça
Pedidos de reforço familiares vão em vão.
Não há irmãos para colaborar,
mesmo os irmãos em Cristo.
Hipocrisia que se une somente nos momentos alegres.
Cada um tem a sua cruz
Haja vista a Semana Santa chegando.
Perto do sofrimento de Jesus
nada é sofrer


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O ZIGUE-ZAGUE

Vamos brincar de zigue-zague?
Um vai e o outro vem.
Pela contramão,
pelo corrimão, 
pelas ruas divididas,
pelas rotas contorcidas,
todo mundo vai,
mas não chega.

Buracos obstruídos,
elevados implodidos
é o progresso invertido.

Num jogo de copas
somos os bobos da côrte.
Coringas que se inserem no meio do caos.
Coringas, pois ainda assim conseguimos sobreviver.

O rei de ouros empunha seu cetro.
Ele manda e desmanda
e muda as regras do jogo a seu bel-prazer.

Naipes coloridos enfeitam o grande Gigante
lembrando filme antigo.
Tu-tu-tu-tuuuu...
Contatos imediatos sem 3º grau são urdidos.
Contatos...
contratos...
R de erro?
ou de língua presa?

E o trânsito flui
como água de rio sujo
tentando passar por cima do lixo e das pedras.

E os peixes...
tentam sobreviver nessa água podre.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

MEU PEQUENO PÉ DE AVENCA

Ganhei plantas que não cuidei.
Deixava-as à beira da janela à mercê do sol e da chuva.
Plantas robustas.
Presentes enjeitados que resistiam à falta de cuidado.

Um  belo dia olhei pra elas não como uma fardo a carregar,
mas como seres a me acompanhar.
Passei a regar e a admirar.
Como belas eram suas folhagens e até flores conseguiam ofertar.

Essas plantas me ensinaram bastante.

Um belo dia vi avencas numa floricultura.
Lembrei minha infância.
Minha mãe sempre comprava avencas e reclamava delas.
Dizia: avenca é uma planta muito ingrata. Ela não vinga.

Tão suave é a sua folhagem,
tão delicada é a sua aparência.
Olhando aquelas plantinhas, quis cuidar delas
apesar do desafio lançado no passado por minha mãe.

Olhei pra uma,
olhei pra outra
e decidi que uma precisava da companhia da outra e levei dois pés.
Um pé só faz falta.

Cuidei das belezinhas até que morreram.
A faxineira mandou jogar fora,
Não!
Continuei a regar os gravetos secos.
Brotos brotaram.
Filhotes do renascimento.

A gata faminta e invejosa veio e os comeu.
Novos gravetos a serem regados.
Novos brotos começam novamente a surgir.
A avenca não é tão frágil como aparenta.
São dois pés dando a sustentação.

domingo, 5 de janeiro de 2014

A VELHA BARRACA DE PRAIA

Domingo de sol.
Rio 50º à sombra.
fim de férias de final
e começo de ano.

O sol é amigo e inimigo ao mesmo tempo.
Astro bipolar,
agora revela sua outra face.
Reação normal à ação de terceiros.

Onde está a velha barraca de praia?
Desnecessária em tempos anteriores,
é hoje imprescindível.
É uma arma que ainda arma bem.

Mico? que se dane o mico.
Entre eu e ele,
é necessário se proteger sempre.
Mesmo que para isso tenha que se transgrendir as regras da gramática,
caro leitor atento.

Mais pessoas querem ir à praia.
Querem o sol e ao mesmo tempo o temem.
Novas velhas barracas vão surgindo.
Cada um tem a sua.

O curioso dessas barracas novas e velhas é a estampa.
Em lugar de coloridas, elas carregam propagandas antigas.
Algumas até de companhias telefônicas que não existem mais.
O passado se faz presente.

Ano novo,
valores antigos.
A adaptação é uma constante.
Todos querem um lugar ao sol.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

TRISTEZA E ALEGRIA

A alegria e a tristeza podem coabitar um mesmo coração?
podem fazer murchar e pulsar a grande bomba?

O coração pulsa,
ele se contrai e se expande.

A tristeza oprime
a alegria não

o coração prende e solta
puxa o sangue e o expande
nutrindo todo o corpo

O sangue entra
e sai
nutre para poder nutrir

a tristeza luta com a alegria
nostalgia
rebeldia.

são como companheiros de quarto que se hostilizam
mas não têm para onde ir
e precisam se suportar.

um adestra o outro
mas um sempre domina

o sangue precisa irrigar o corpo
o coração precisa se manter pulsando