Vamos brincar de zigue-zague?
Um vai e o outro vem.
Pela contramão,
pelo corrimão,
pelas ruas divididas,
pelas rotas contorcidas,
todo mundo vai,
mas não chega.
Buracos obstruídos,
elevados implodidos
é o progresso invertido.
Num jogo de copas
somos os bobos da côrte.
Coringas que se inserem no meio do caos.
Coringas, pois ainda assim conseguimos sobreviver.
O rei de ouros empunha seu cetro.
Ele manda e desmanda
e muda as regras do jogo a seu bel-prazer.
Naipes coloridos enfeitam o grande Gigante
lembrando filme antigo.
Tu-tu-tu-tuuuu...
Contatos imediatos sem 3º grau são urdidos.
Contatos...
contratos...
R de erro?
ou de língua presa?
E o trânsito flui
como água de rio sujo
tentando passar por cima do lixo e das pedras.
E os peixes...
tentam sobreviver nessa água podre.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
MEU PEQUENO PÉ DE AVENCA
Ganhei plantas que não cuidei.
Deixava-as à beira da janela à mercê do sol e da chuva.
Plantas robustas.
Presentes enjeitados que resistiam à falta de cuidado.
Um belo dia olhei pra elas não como uma fardo a carregar,
mas como seres a me acompanhar.
Passei a regar e a admirar.
Como belas eram suas folhagens e até flores conseguiam ofertar.
Essas plantas me ensinaram bastante.
Um belo dia vi avencas numa floricultura.
Lembrei minha infância.
Minha mãe sempre comprava avencas e reclamava delas.
Dizia: avenca é uma planta muito ingrata. Ela não vinga.
Tão suave é a sua folhagem,
tão delicada é a sua aparência.
Olhando aquelas plantinhas, quis cuidar delas
apesar do desafio lançado no passado por minha mãe.
Olhei pra uma,
olhei pra outra
e decidi que uma precisava da companhia da outra e levei dois pés.
Um pé só faz falta.
Cuidei das belezinhas até que morreram.
A faxineira mandou jogar fora,
Não!
Continuei a regar os gravetos secos.
Brotos brotaram.
Filhotes do renascimento.
A gata faminta e invejosa veio e os comeu.
Novos gravetos a serem regados.
Novos brotos começam novamente a surgir.
A avenca não é tão frágil como aparenta.
São dois pés dando a sustentação.
Deixava-as à beira da janela à mercê do sol e da chuva.
Plantas robustas.
Presentes enjeitados que resistiam à falta de cuidado.
Um belo dia olhei pra elas não como uma fardo a carregar,
mas como seres a me acompanhar.
Passei a regar e a admirar.
Como belas eram suas folhagens e até flores conseguiam ofertar.
Essas plantas me ensinaram bastante.
Um belo dia vi avencas numa floricultura.
Lembrei minha infância.
Minha mãe sempre comprava avencas e reclamava delas.
Dizia: avenca é uma planta muito ingrata. Ela não vinga.
Tão suave é a sua folhagem,
tão delicada é a sua aparência.
Olhando aquelas plantinhas, quis cuidar delas
apesar do desafio lançado no passado por minha mãe.
Olhei pra uma,
olhei pra outra
e decidi que uma precisava da companhia da outra e levei dois pés.
Um pé só faz falta.
Cuidei das belezinhas até que morreram.
A faxineira mandou jogar fora,
Não!
Continuei a regar os gravetos secos.
Brotos brotaram.
Filhotes do renascimento.
A gata faminta e invejosa veio e os comeu.
Novos gravetos a serem regados.
Novos brotos começam novamente a surgir.
A avenca não é tão frágil como aparenta.
São dois pés dando a sustentação.
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