Quando eu me lembro...
o olhar doce,
as palavras meigas,
o abraço forte e seguro...
Lembro também das ouvidas tuas certezas,
que me levavam a crer na pureza,
dos sentimentos que pareciam ali estar.
Que me levavam a crer que tudo iria durar.
A experiência me força a comparar.
Acabo voltando no tempo.
Acabo voltando a lembrar
de outras diferentes palavras.
Diziam coisas diversas.
Diziam e afirmavam que nada, nunca iria durar.
Mas que mesmo assim se tentava,
momentos felizes,
se permitir vivenciar.
Essas outras palavras
saiam de vozes.
Vozes suaves,
vozes educadas,
vozes gentis.
Vozes que proferiam palavras sutis
que faziam meu ser
pensar e refletir.
Outras palavras diversas também ouvi.
Lembro dessas outras,
ocas
que buscavam apenas o estar ali.
Palavras as quais visavam apenas o ter, e o âmago daquele ser,
por mera vaidade,
conquistar, arrebatar e possuir.
Palavras sinceras,
palavras fingidas,
palavras sentidas,
palavras sofridas,
palavras benditas.
Palavras, o vento leva; diz o antigo ditado.
Vale o que está escrito, diz o jogo-do-bicho, em meio à contravenção.
Até mesmo o que está escrito pode ser uma muito bem feita falsificação.
As palavras carregam inúmeros sentidos.
Basta procurar na gramática sobre isso.
E provocam diversos outros sentidos e interpretações.
Tenho medo delas.
As palavras...
Podem ser armas.
Podem ser curativos.
Podem ser brincadeiras
de imaturas crianças
ou de perigosos bandidos.
Um comentário:
ou de poeta amigo, rs!
palaras, passaros selvagens que por vezes nós capturamos nas gaiolas da razão... mas elas são passaros magicos q sempre escapam os limites q lhes colocamos....
Postar um comentário