segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

AVE ABATIDA


Ave ferida,

caída,

abatida,

estendida no chão.


Seu peito sangra.


Pelo seu corpo,

escorre seu sangue.


Pela ferida aberta,

pela ferida exposta,

pelo tiro disparado,

por impiedosa mão.


Antes a ave voava

e a todos com seu plainar encantava.

Junto a seu bando,

o colorido de suas penas intensamente brilhava.


Agora seu corpo jaz.

E o caçador segue impune.

Segue a buscar abater outras aves,

tirando seu brilho,

tirando seu ninho,

tirando seu ser.

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