Domingo de sol. Mesmo atrás das nuvens, todos os dias são de
sol. Não precisamos ver as coisas para sentir o efeito delas sobre nós.
Sair de carro para gozar da Cidade Maravilhosa – ou com ela.
Com os vidros fechados, claro; afinal, a cidade é realmente maravilhosa como ir
a um Museu para ver suas belezas.
A praia ou o mato são alguns de seus belos quadros
interativos. Num ou noutro, a paz parece estar presente, desde que não portemos
nossos rastreadores. Eles nos perseguem e nos perturbam em momentos de total
intimidade ou coisa parecida. Mas parece que gostamos disso. É aquela velha
história de reclamar da procura insistente, para não reclamar de sua ausência.
O rastreador se manifesta. É uma amiga querendo conselhos
amorosos. Fico me perguntando por que
sempre achamos que o outro vai ter a fórmula mágica para nossas dúvidas e
inseguranças. Não, definitivamente não sou a pessoa que dará os melhores
conselhos.
Damos aqueles conselhos que gostaríamos de ter posto em
prática, mas nos faltou coragem ou bom senso. E bom senso é algo que não
combina com amor.
O telefonema conseguiu desnortear meu namoro com a Cidade
Maravilhosa. Melhor voltar. Os irmãos diante de Deus dos sinais me lembram de
fechar os vidros. O telefonema me faz preferir sentir a perigosa brisa da cidade. A sensatez não combina com o amor.
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