domingo, 5 de junho de 2011

GELO ARDENTE


O gelo seca a pele
Resseca, repele
O gelo esfria o fogo que não consegue arder
O fogo da paixão que não se deixa nascer
A labareda que se imagina poder lamber.

Mas o gelo derrete
E remete à ausência do frio
Que causa arrepio
De um mero
E nada fugaz prazer

3 comentários:

Unknown disse...

Gosto das imagens deste poema. A antítese "frio X calor" é evidenciada, de maneira lúdica, como em toda relação afetiva. Show, minha poemiga! Jorge Ventura

ananita rebouças disse...

Esse poema é um dos mais acessados. Acredito que o nome cause esse impacto. Não sei. Só sei que este título reflete totalmente o interior do poema.
Obrigada pelos elogios!
Grande beijo!

Adriana disse...

Olá, Ananita!
Muitas vezes na minha vida fui "gelo ardente", tentando um controle interno das emoções existentes.
O que vale na vida é ser fogo que arde, que nos consome!
Beijos,
Adri.