quarta-feira, 6 de julho de 2011

QUEBRANDO OS OVOS


Para fazer um saboroso omelete,
ou um apetitoso bolo de chocolate;
para dar liga à farinha que vai servir para fritar aquele delicioso peixe.
É preciso quebrar os ovos.

Quando se fala em quebrar os ovos,
se pensa em algo que não foi,
que não deu em nada,
que não vingou.

Os ovos foram quebrados!
que droga!
não servem para nada
a não ser justificar a presença da faxineira
ou então se incomodar com tanta sujeira espalhada pelo chão.

Quase nada se pode extrair desses ovos espalhados pelo chão.
Será?
Será que não pode haver beleza na mistura de cores
Nos indefinidos formatos desta mesma mistura?
Na brincadeira dos animais domésticos tentando tocar o intocável?

A mistura de cores...
o amarelo, o branco e a quase transparente clara
remetem à necessidade de ter mais cuidado,
mais carinho, mais zelo
não só com os ovos,
mas com tudo que envolve o seu manuseio.
Seus ingredientes que se amalgam nessa mistura
onde os ovos permitem surgir inúmeras guloseimas.
Assim como os ingredientes que temos dentro de nós e dos quais muitas vezes não cuidamos.
Deixamos cair, deixamos quebrar.
E aí? O que fazer?
Uma vez quebrados ou rachados
reunir e algo novo fazer surgir.
Algo belo que possa gerar novos e deliciosos quitutes.

Ou então incrementar,
Aliando à já conhecida receita,
Novos e inovados sabores.
Em lugar de se ater a ver somente a meleca dos ovos que não se deixaram ser usados

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