Parques antigos, brinquedos modernos. Brinquedos vários. Ao fundo, a
sala dos espelhos.
Reflexos diversos, variados formatos. Imagens que distorcem
a realidade. Contorcem a imagem imaginada de si próprio.
É duro olhar olho no olho, olhar no seu próprio olho. O
olhar penetra no aço pintado. Pintura que revela aquilo que se sente, mas não
se vê. Só os outros veem ou pensam que veem, pois não enxergam.
As deformações das imagens são belas e grotescas. Assustam e
iludem. São todas opções de como podemos nos mostrar ou nos entender. São todas
pedacinhos de caleidoscópios. Pedaços que podem servir de letais estilhaços. Eles
cortam e ferem, ou então colorem a visão que transpassa a lente do brinquedo antigo.
Há outros brinquedos menos perigosos no parque de diversões. Menos perigosos e menos interessantes. As imagens superpostas são infinitivas, feias ou bonita; são um grande leque. Opções de como se ver ou se ocultar. Se como se ser ou se autodisfarçar.
Os espelhos estão lá para nos amendrontar ou então nos libertar.
Um comentário:
Tem potencial!Gostei!
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