A angústia da dúvida,
o incômodo da incerteza
destroem toda a beleza
do que foi um dia
momentos de doçura e profunda sutileza.
O não explicado,
o não entendido,
o não explanado,
o não percebido,
dão vazão à falta de cuidado
com o ser amado.
Com o ser um dia dito como benquisto e desejado.
Que agora sai de cena,
passa a figurante,
e figura como algo de somenos importância.
É como se ele ocupasse a imaginária linha do horizonte.
Tênue, sutil, frágil.
Sem alicerces.
Superficial.
O que um dia parecia ser
Vira de ponta à cabeça
E bagunça a cabeça do meu ser
Que não sabe, não entende, não percebe
O que pode ou não vir a acontecer
Que por um lado acredita nas tormentas inevitáveis da vida.
Elas passam.
E depois de toda tempestade, vem a bonança.
Quero nisso crer.
Quero crer que não estou errada,
quero crer que não estou enganada,
quero crer que já aprendi que toda rosa tem espinhos.
Mas não posso jamais esquecer,
de que os espinhos
podem sempre fazer doer.
Quero a rosa, com os espinhos.
Mas cada um em seu lugar.
Aquela valorizada, cultivada, bem-cuidada.
Aqueles retirados com cuidado,
ou imersos no jarro,
no vaso
ou onde a rosa iremos querer realmente cultivar.
2 comentários:
http://letras.terra.com.br/marisa-monte/79620/
..borboleta pequenina saia fora do rosal...
... eu sou uma borboleta pequenina e feiticeira ando no meio das flores procurando quem me queira....
...borboleta pequenina que vem para nos saudar...
.... venha ver cantar o hino que hoje é noite de Natal.....
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