A areia passeia pela ampulheta.
Desce,
escorre
e para onde encontra o obstáculo.
A areia escorre por entre os dedos.
Não há o fundo da ampulheta.
Não se pode parar a areia,
muito menos o óbvio.
A ampulheta não segura o tempo.
Ela se ilude achando que o agarrou prendendo a areia.
A mão...
coitada dela
tenta se contentar com o punhadinho que lhe fica na palma.
quem está de fora apenas olha
se encanta com o vai e vém da ampulheta
se delicia com o escorregar da areia por entre os dedos
é gostoso ver o tempo passar
ele não precisa de relógios.
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