Domingo à noite. Família reunida em frente à televisão.
Computador no colo. Poderia ser uma criança ou um bichinho de estimação, mas é
este ser inerte e ao mesmo tempo manipulador que carrego no colo.
Nele vejo o mundo real e imaginário. Em frente a ele penso
no que penso e no que os outros pensam. Com ele me afasto da realidade. Da
televisão e da família que está ao meu redor.
Ele já faz parte da família, assim como a televisão insistia
em invadir no século passado.
Instrumentos eletrônicos se inserem em nossas vidas o tempo
todo. Ora facilitando a vida, ora atrapalhando tudo.
Paro pra pensar e escrevo este texto. Ele não diz muito mais
do que todos sabem, mas não param para assistir ou viver. Postar tudo o que se
faz faz-nos deixar de fazer muito mais do que poderíamos curtir e gozar.
Apreciar uma foto dá ideias, ver ao vivo faz as ideias se tornarem algo
concreto e palpável, tirar uma foto pode tirarnos momentos de prazer de viver
um breve momento que pode ser eterno.
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