Eu não devia...
o tempo passa,
coisas acontecem em nossas vidas.
As ampulhetas giram
e mudam de lugar.
Mudam como peças de um jogo de xadrez.
A vida é um jogo,
diz o senso comum.
Assim como
o lado cheio se esvazia...
o tempo preenche
o que passou
... e segue o jogo da vida.
Mas o vazio também se faz presença.
Saudade: presença de uma ausência,
o lado vazio que teima em se encher.
O tempo para,
o passado é evocado
coisas acontecem
as ampulhetas giram,
mas ele persiste:
aquilo que a memória amou...
eterno, eternecido, sagrado.
O tempo é a frágil areia
da tenaz ampulheta da vida
que o poeta,
nela escreveu,
e eternizou.
3 comentários:
Maravilha! Que vontade de estar aí com vocês! Beijos!
Sonia salim
Lindo poema, parabéns1
Eu tive o prazer de assistir e adorei!
Obrigada Noelia.
Como iniciante, sempre temo não agradar; mas esse poema em especial tem um simbolismo muito especial para mim pela forma como ele foi feita: natural e espontânea.
Bjos
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