domingo, 22 de julho de 2012

EM CONJUNTO (roda de autores Muiraquitã) - obs: no youtube, a qualidade do áudio está bem melhor!

      Eu não devia...
o tempo passa,
coisas acontecem em nossas vidas.

As ampulhetas giram
e mudam de lugar.

Mudam como peças de um jogo de xadrez.
A vida é um jogo,
diz o senso comum.

Assim como
o lado cheio se esvazia...
o tempo preenche
o que passou
... e segue o jogo da vida.

Mas o vazio também se faz presença.
Saudade: presença de uma ausência,
o lado vazio que teima em se encher.

O tempo para,
o passado é evocado
coisas acontecem
as ampulhetas giram,
mas ele persiste:

aquilo que a memória amou...
eterno, eternecido, sagrado.
O tempo é a frágil areia
da tenaz ampulheta da vida
que o poeta,
nela escreveu,
e eternizou.

3 comentários:

Sonia Salim disse...

Maravilha! Que vontade de estar aí com vocês! Beijos!

Sonia salim

noeliaurbano disse...

Lindo poema, parabéns1
Eu tive o prazer de assistir e adorei!

ananita rebouças disse...

Obrigada Noelia.
Como iniciante, sempre temo não agradar; mas esse poema em especial tem um simbolismo muito especial para mim pela forma como ele foi feita: natural e espontânea.
Bjos